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Sebastião
PROJETO-GILNEY-2

Cada Clássico dos Maiorais é um novo capítulo, de uma história que é escrita desde 1955. À época, o Treze venceu o Campinense, ainda amador, por três a zero. História que teve um novo capítulo neste domingo, 28 de janeiro de 2018. O quadringentésimo terceiro embate entre os dois clubes foi a continuação da história. De um lado, Oliveira Canindé, responsável pelo maior título da história do rival, além de atletas também conhecidos por passagens e atuações no clube rubro-negro, a exemplo do zagueiro Ítallo, os volantes Alberto e Dedé e o atacante Reinaldo Alagoano. No outro lado, um outro herói do rival, Celso Teixeira, e atletas como Jean Carlos e Rafael Araújo. Ingredientes a mais para este clássico.

Antes do apito inicial, o Campinense opta por promover a primeira mudança. Sai o zagueiro Beto (ou, melhor dizendo, nem entrou) dando espaço para o volante Fábio Silva, estreante. Celso, ao ver a escalação adversária com Fábio Neves, Tininho e Reinaldo Alagoano, imaginou um Treze num 4-3-2-1, quis encaixar a marcação com três volantes. Para mim, o primeiro erro. Abdicou do esquema com três zagueiros, que rendeu a melhor exibição raposeira no ano, contra o Serrano. Fábio Silva, estreante, esteve visivelmente desentrosado. Foi quem mais correu e quem menos fez. Não sabia se marcava no meio ou na ponta direita. Mas amigos, a culpa não é dele. Chegou quarta-feira, participou do rachão no mesmo dia, acompanhou a partida da quinta e só teve a sexta, de pós-jogo, e o sábado para assimilar alguma coisa e entrar no Clássico. Preciso dizer algo mais? O Campinense não acreditou em si mesmo, não acreditou no próprio esquema. Se nem ele, por que eu?

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Com a bola rolando, o Galo tomou as rédeas e chegava com mais perigo. Quando o Campinense conseguia equilibrar a partida, Rayro, até então criticado, teve personalidade para fazer o que quis pela esquerda, cair por dentro e rolar pra Alagoano, que fez o que quis pelo meio e marcou o gol da partida. Aliás, tinha sido exatamente ele a anotar o último gol no Clássico, no capítulo do dia 20 de abril de 2017.

O Campinense ainda ficou na bronca com o juizão, o senhor João Bosco Sátiro, reclamando de pênalti em Thiago Potiguar. Num primeiro momento, acompanhando das cabines de imprensa, fiquei na dúvida. O atleta raposeiro ficou uns dois minutos no chão. Minha opinião nesse tipo de lance é a seguinte: Se houve o toque, foi pênalti. Se não, é simulação. Então, caberia ao árbitro punir o raposeiro com o cartão amarelo. Ele não o fez. Em casa, pelas imagens da TV, aparenta ter sido pênalti. Mudaria o curso do jogo. O detalhe é que, no capítulo 401 do livro dos clássicos, do dia 20 de abril de 2017, ocorreu lance similar entre Joécio e Dico. Na ocasião, o mesmo João Bosco Sátiro apitou.

Alguns raposeiros ainda reclamam que o Treze retardou o jogo, fazendo cera em alguns lances. Amigos, o Campinense pode reclamar de tudo, menos de cera. Não que o Treze não o tenha feito. Mas o Campinense fez quando lhe foi propício, em todos os outros jogos, contra Desportiva, Atlético, CSP e Serrano. Já dizia o ditado da pimenta…

O Treze, bem postado, soube se defender, anulou quem tinha pra anular, viu Marcinho sair lesionado, Pires apagado e segurou o resultado. Ainda apresentou dificuldades na criação e se mostrou um tanto ineficiente nos contra-ataques. Mas mereceu mais. Precisa melhorar. Reabilita-se após quatro jogos sem vencer e respira.

No Campinense, a derrota liga a luz de alerta. Perder, às vezes, é saudável. Mostra deficiências que o entusiasmo da vitória não permite enxergar.

Ambos os clubes precisam de ajustes e correções. Correções pra merecer. E merecer para ganhar.

As informações dos colunistas não representam a opinião do site PB Esportes; a responsabilidade do texto é do autor.

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