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Sebastião
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O que você faria em cem segundos? Tudo muda muito rápido. Foi esse o tempo necessário para o Campinense reverter a vantagem que era do Botafogo e sair na frente da primeira metade da decisão do Campeonato Paraibano 2018. Em dia de pensar muito no São João com o anúncio da programação junina, a festa começou nas arquibancadas antes de rolar a bola. Um passarinho me contou que foram vendidos mais de sete mil ingressos antecipadamente.

Foto: Samy Oliveira / Ascom Campinense

Quando soou o apito do senhor Francisco Carlos do Nascimento – aliás, convenhamos: apesar de ter carregado o distintivo Fifa entre 2012 e 2014, inverteu faltas e faltou com critério em alguns outros lances – o Campinense se mostrou mais disposto. E logo com um minuto e quarenta segundos, Tarcísio, pôs a Raposa na frente. Era o ato inicial de um primeiro tempo que beirou a perfeição para o time preto e vermelho. Tarcísio parecia estar de setinha pra cima, acertou praticamente tudo que tentou. Deu certo até quando deu errado. Já no duelo dos camisas dez, Marcinho chamou a responsabilidade para si e foi muito mais decisivo que o badalado Marcos Aurélio. Neto e Felipe Macena também tiveram apresentação quase irretocável, assim como Rafael Jensen que, para mim, fez uma de suas melhores partidas com a camisa da Raposa. Alex Murici iniciou a partida mais apagado, mas cresceu no decorrer da partida e, na dobradinha com Tarcísio, levava muito perigo do lado direito. Me lembrou Travassos e Augusto. Na segunda etapa, talvez sentido os reflexos da alta intensidade do primeiro tempo, o time rubro-negro aparentou mais sonolência e permitiu que o Botafogo chegasse com mais perigo. Apesar do maior volume do Belo, isso só se converteu em uma chance clara de gol, em chute cruzado de Nando. Já o Campinense encaixou dois bons contra-ataques, que culminaram com finalizações de Tarcísio e Jackinha, e poderia ter aumentado a vantagem.

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Não apenas pelo resultado, nos primeiros noventa minutos o Campinense foi superior. Não passou sufoco, foi mais eficiente, soube anular o adversário. As principais observações foram a dificuldade de saída de jogo do Belo quando o Campinense avançou as linhas e marcou sob pressão no campo ofensivo, apesar da maior força física do alvinegro da estrela vermelha. O encaixe de marcação também foi muito bem feito. Sistema defensivo muito bem postado do lado rubro-negro.

Ainda acho que está tudo em aberto. O Belo decide em casa e joga por qualquer vitória. Meio a zero dá Botafogo, então acho que o cenário é mais favorável ao time da capital. Se fosse o oposto, o torcedor raposeiro estaria extremamente confiante, como creio que os botafoguenses estão. Em compensação, se jogar domingo com a mesma segurança de hoje, a taça virá para Campina Grande. Isso também é positivo. Mantém ambos os clubes em alerta, ninguém pode sentar na vantagem e, dentro de campo, vão precisar comer grama pra garantir o título. No fim, o resultado certamente agrada a grego e troianos. O gol relâmpago iluminou o sorriso dos raposeiros. Resta saber quem estará mais feliz no apagar das luzes.

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