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Sebastião
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Não vai haver rompimento algum. Em reunião na manhã desta quarta-feira (11), em Salvador, os clubes da Liga do Nordeste definiram que seguirão unidos e valorizando a Copa do Nordeste. Mas a competição terá que mudar definitivamente a partir de 2020, segundo a formulação dos dirigentes.

A competição de 2019, portanto, seria de transição. A reunião desta quinta serviu para definir uma proposta, que será aprovada ou não em nova reunião da Liga do Nordeste, dia 3 de maio, no Recife. Até lá, os clubes se reunirão com federações e com a CBF para conseguir mais duas datas para o regional no calendário. Se isso for aprovado, estará dado o aval para o novo formato entrar em vigor.

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Qual é a proposta?
A edição do ano que vem manterá 16 times na fase de grupos e 20 no total – sem mexer na seletiva entre oito clubes prevista para este mês de abril -, respeitando os critérios de classificação definidos nos estaduais deste ano. Mas as 16 equipes serão divididas em dois grupos de oito, e não mais em quatro chaves com quatro. Os confrontos da 1ª fase serão entre um grupo e outro. Ou seja, oito jogos para cada time.

A ideia é que os grandes da Bahia, Pernambuco e Ceará – Bahia e Vitória, Santa Cruz e Náutico, Ceará e Fortaleza – fiquem em grupos diferentes. Assim, os clássicos estariam garantidos na 1ª fase. Desfiliado da Liga do Nordeste, o Sport não participou da reunião, e sua diretoria já declarou que não pretende jogar o torneio em 2019.

Quatro times avançariam para as quartas de final em cada grupo, e dois de cada chave seriam rebaixados, embora não haja uma segunda divisão propriamente dita. Quartas de final, semifinais e final seriam disputadas em jogos de ida e volta. Com isso, o torneio cresceria, excepcionalmente no ano que vem, de 12 para 14 datas.

A partir de 2020, a Copa do Nordeste passaria a contar com 12 times na fase de grupos, apenas, e 12 datas no total. Os quatro rebaixados disputariam no mesmo ano um mata-mata com outras equipes classificadas pelos estaduais. Esses confrontos seriam playoffs para definir os quatro clubes que jogariam o torneio no ano subsequente.

Está fechado?
O presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, salienta que a proposta ainda não foi aprovada. “A reunião não foi para isso. Alguns clubes apresentaram essa proposta para os demais e discutiram ela. O que foi aprovado, de fato, foram as cotas da edição 2019”, disse. Segundo ele, o formato com 12 times a partir de 2020 é um desejo dos maiores clubes da região, o chamado G7 – formado por Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza -, mas ainda precisa ser melhor debatido com toda a liga.

Os clubes baianos tiveram participação determinante na reunião. O Vitória foi representado pelo vice-presidente Francisco Salles e teve posição firme na manutenção do torneio, com todos os seus participantes, e sob a organização da Liga do Nordeste. O Bahia teve a presença do vice-presidente Vitor Ferraz.

“A reunião, tanto a de ontem (terça) como a de hoje (quarta), foi muito boa. Levamos essa ideia em peso para o encontro, de preservar a liga e preservar o direito de quem está dentro da competição. E a gente conseguiu. Chegamos a um clima realmente de união, de reforçar o produto, que está cada vez mais interessante para o público e para os patrocinadores. Até chegar a ser realmente vantajoso para os clubes financeiramente”, comentou Chico Salles, vice-presidente do Leão.

“A proposta que apresentamos foi bem recebida por todos e provavelmente será aprovada. A edição de 2019 será uma transição, e em 2020 seria plenamente aplicada. Ainda deverá ser ratificada em assembleia, mas o próximo desafio será elevar o valor das cotas”, disse o presidente tricolor, Guilherme Bellintani. Segundo ele, o pleito maior do Bahia é o aumento das cotas, e a mudança do formato seria apenas um passo antes disso.

O Esquadrão também quer o retorno do Sport ao torneio, o que considera fundamental para o valor de mercado da Copa do Nordeste. “O Bahia lutará pela volta do Sport. O futebol nordestino é menor sem eles”, completou.

Premiação
A premiação a ser distribuída entre os clubes aumentará de R$ 22,4 milhões em 2018 para R$ 26,4 milhões em 2019. No entanto, esse número ainda pode crescer. Segundo os clubes, o próximo passo depois de aprovar o novo modelo, no dia 3 de maio, será procurar patrocinadores e renegociar com os já existentes. A ideia é que a competição, com os clássicos garantidos na primeira fase, terá maior valor de mercado.

Sendo assim, a distribuição que ficou acertada nesta quarta foi realizada com o valor já garantido de R$ 26,4 milhões. Os clubes passarão a ganhar muito mais na fase de grupos, ou seja, na parte garantida a todos. Por outro lado, a premiação por avançar de fases será consideravelmente menor do que em 2018.

Os clubes do grupo 1, com os quatro melhores nordestinos colocados no ranking da CBF – atualmente Vitória, Bahia, Santa Cruz e Ceará – passarão a receber R$ 1,9 milhão pela fase de grupos cada um. Em 2018, receberam R$ 1 milhão. A premiação dos grupos 2 e 3 também aumentará. Em compensação, as cotas das quartas de final, das semifinais, do vice e do campeão diminuirão.

Cotas da Copa do Nordeste 2018:

Eliminados na seletiva: R$ 250 mil

Fase de grupos:
R$ 1 milhão (do 1º ao 4º do ranking da CBF)
R$ 850 mil (do 5º ao 8º)
R$ 775 mil (do 9º ao 12º)
R$ 750 mil (vencedores da seletiva)

Quartas de final: R$ 450 mil
Semifinais: R$ 550 mil
Vice-campeão: 600 mil
Campeão: R$ 1,5 milhão

Proposta para Copa do Nordeste 2019:

Eliminados na seletiva: R$ 100 mil

Fase de grupos:
R$ 1,9 milhão (do 1º ao 4º do ranking da CBF)
R$ 1,42 milhão (do 5º ao 8º)
R$ 1,22 milhão (do 9º ao 12º)
R$ 510 mil (vencedores da seletiva)

Quartas de final: R$ 300 mil
Semifinais: R$ 375 mil
Vice-campeão: R$ 500 mil
Campeão: R$ 1 milhão

Crédito: Correio da Bahia

Foto: Evandro Veiga/Correio

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