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Sebastião
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15 dias ruminando as mágoas e a infelicidade de Felipe Macena, e sonhando em rubro-negro, encontrei a calma para minha alma raposeira: o culpado de tudo naquela quarta de final.

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Na a verdade nem Macena, nem Bala, nem Willians, nem Ruy e muito menos Jefferson (que dos 11 últimos pênaltis da Serie D deste ano, não pegou nenhum), o culpado foi um gaúcho: Anderson Daronco.

Árbitro gaúcho acostumado a intimidar jogadores, a levar o jogo pela força de sus bíceps e induzir o silencio através de seu porte de lutador de MMA.

A arbitragem errar e culpar sua condição de humana humilha a emoção de torcedores do mundo inteiro, coloca de joelhos a ilusão de que o rei do futebol é um jogador, um atleta. Não é.

O que passa na cabeça de um arbitro que por conta de seu erro acabou o ano, o trabalho, uma temporada, uma vida de milhões de pessoas, de um clube? Culpa? Remorso? Desdém?

Imagino na segunda à noite- depois daquele domingo, 1º de julho em algum canto dos pampas, uma janta onde uma taça de vinho da cor do Caxias tremula frente a cara de deus que o arbitro faz, a esposa comenta:

– Mas Ronquin! Aquela bola foi no ombro do guri!

– Bah!!!Foi no braço.

– Foi não meu lutadozin, foi no ombro, quase beirando o cangote! Foi gol legal.

E fez o sinal do VAR.

Ele sustentou sua decisão:

– Foi aqui ó!

E estirou o braço e tocou no ombro.

– Aqui começa o braço (bateu no ombro), só que ta em outra posição. Mas é braço e ta na súmula.

Pronto, foi ali que perdemos a chance de termos 3 equipes  da Paraíba na C ano que vem. Foi ali que desenhou o silencio, o choro, a revolta e a encomenda de secadores disparadas para o ano que vem.

Anderson Daronco é personagem negativo em varias partidas do futebol brasileiro: Avaí x  Palmeiras ( briga com Juan), Flamengo x Botafogo ( expulsão do zagueiro do Botafogo) Daronco x Ricardo Oliveira, Corinthians x palmeiras.

Pincei algumas situações no site ÂMBITO JURIDICO (http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8189), do texto : Responsabilidade civil do árbitro de futebol, autoria de Rafael Pontes Vidal:

“Alguns erros são desprezíveis, mas outros extremamente relevantes, eis que privam as equipes, que treinaram durante meses e tiveram muitos gastos com a preparação, das glórias da vitória e das premiações que a elas são inerentes.”

E o torcedor? E aquele pintor, que enfeitou sua bicicleta e seus instrumentos de trabalho, lá de Remígio, com as cores de nosso time? Como chega em casa? Como desliga a TV? Como encara os amigos no trabalho? Como?

“É inegável a existência dos torcedores fanáticos ou torcedores “até morrer”, estes que pegam diversas conduções para chegar ao estádio, driblam bliutzen, cai nelas, da um trocado aqui, sofre na entrada, pra comprar ingresso, levam as suas bandeiras, incentivam e gritam por seu clube durante todo o jogo. É claro que os danos morais sofridos pelos clubes também reflete nestas pessoas, estes que muitas vezes lastreiam a sua vida em torno do seu time de futebol, é o dano em ricochete, embora não seja diretamente atingido, tem ação de reparação por dano reflexo ou em ricochete, porque existe a certeza do prejuízo, e, portanto, está positivado o requisito do dano como elementar da responsabilidade civil.”

“É inegável a existência dos danos numa situação em que um clube é rebaixado para a segunda divisão por causa do árbitro que, de má-fé e no último jogo do campeonato, foi decisivo para o descenso da equipe. O rebaixamento faz com que as receitas do time diminuam drasticamente, pois o patrocinador investirá menos, as cotas televisivas serão menores, havendo a desvalorização do clube e uma redução da presença dos torcedores aos jogos. Enfim, o clube perdeu a chance de se manter na elite do futebol, onde os lucros são mais vultosos.”

Pronto, a culpa foi do Daronco, porque se ele tivesse feito o certo, o empate em Fortaleza e vitória no Amigão, estaríamos naquele paraíso que começa com C, onde desfila com louvor o Treze e onde o time do governador capenga com seus patrocínios e estádio ‘próprio”.

Agora se Daronco acabou com o nosso sonho através de uma interpretação errada, imagina com se sente o Nacional de Patos, que fora muito roubado pelos iguais a Daronco, aqui nessa província de um coronel com fim próximo?

Ainda naquela segunda, o homem se levanta, toma o ultimo gole de vinho, apaga a luz e antes de sair da cozinha diz:

– Ombro é braço. Só com outro nome. Gol ilegal.

Beija seu bíceps e apaga a luz.

Então? Achei ou não achei o culpado?

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