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Sebastião
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Dez anos se passaram desde o sonho da Série B, que posteriormente se tornou em pesadelo e o Campinense segue em um relacionamento sério com a Série D do Campeonato Brasileiro. Ao longo desse período, em pelo menos duas oportunidades, a Raposa esteve muito perto de sair do patamar menos elevado do nosso futebol. Em 2012, diante do Baraúnas-RN e em 2018, quando passou a vez para o Ferroviário-CE. Os adversários, ao que parece, não enxergam mais nenhum peso na camisa do Rubro-Negro e nem os próprios jogadores do time de Campina Grande, conseguem perceber essa superioridade teórica, tão alarmada na Rainha da Borborema. Aliás, não dá para criar muitas expectativas em cima do futebol paraibano.

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O que temos para nos dar um suporte histórico? Comecemos pelo Botafogo de João Pessoa. Campeão Brasileiro da Série D 2013 está deitando e rolando no Campeonato Paraibano, ano após ano, mas isso não conta muito para nossa análise mais macro da coisa. Teve uma vitória marcante sobre o Flamengo de Zico, no Maracanã, lá na longínqua década de 1980. Tomou de 10×0 para o São Paulo, pela Copa do Brasil. Isso também não vem muito ao caso. Perdoem-me os botafoguenses, pela lembrança dolorosa. Mas não se trata de clubismo. Apenas uma retrospectiva. Só lembrando que o Belo agora está na final inédita do Nordestão, contra o Fortaleza.

O Campinense é campeão da Copa do Nordeste e também já foi vice da competição. Título bacana, mas que não leva mais a lugar nenhum. Acabaram até com a aventura na Copa Sul-americana. Na época, em 2012 mais um, ainda nem existia esse bônus, que já cessou. O acesso à Segundona em 2008, trouxe a euforia e em seguida a vontade de que o campeonato acabasse logo. Hexa é luxo!  O Treze luta para ser reconhecido como Campeão da Série B de 86, no tempo em que os regulamentos eram insanos e causavam cicatrizes abertas, como o Brasileiro de 1987 e tantos outros títulos de tapetão. Teve também o honroso quinto lugar na Copa do Brasil de 2005 e a subida para a Série C em 2018. Único campeão estadual invicto em 66. Sem esquecer das bicadas aleatórias,  contra adversários de renome nacional como o Tricolor Paulista, por exemplo e a queda para a segunda divisão do Paraibano – fato que quase se repetia em 2019.

Percebe que não temos muitos motivos para levar o nosso futebol tão a sério? Não somente em nível local, mas o esporte , de uma forma geral, deveria ser encarado apenas como um entretenimento pelos espectadores. Quanto mais depositarmos a vida e , lastrearmos nossa felicidade na incerteza de um resultado que pode vir ou não, colocaremos em jogo nossa saúde mental e física. Precisamos estar, na verdade, preparados para os reveses da vida. A derrota eu já tenho, o que vier é lucro. Por isso que tanta gente passa maus bocados assistindo aos jogos da Copa do Mundo. A Seleção Brasileira , com sua insuportável obrigação de ganhar sempre, envolve muitos interesses. O pior é que inventaram uma máxima de que sendo campeão mundial, ameniza a dor de um povo sofrido e desempregado.  Herança do governo militar e de suas propagandas, na conquista de 1970.

É melhor já ir se acostumando com a possibilidade da mesmice permanente. E ainda tem gente que hipocritamente critica quem torce por times do Sudeste. A velha mania de querer controlar o pensamento alheio. Quem quiser ser torcedor de time de futebol, precisa ter controle emocional, acima de tudo. Sem fanatismos! Se for na Paraíba, melhor não criar expectativas. Vamos levando na boa, sem muitas pretensões. Um dia, passa outra estrela cadente, de dez em dez anos e poderemos viver novamente e momentaneamente um conto de fadas ou de bruxas. Sempre na manha do gato. Enquanto isso continuamos com torcida de Série A e times de Série C e D. E não se trata de choradeira, após um final de semana ruim. Será?

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