Foto: Daniel Lins
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Sebastião
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Eu tive um sonho. Vou te contar. E aqui não se trata de uma reprodução da música do Kid Abelha. Eu realmente sonhei com o Clássico dos Maiorais. A publicação no Twitter repercutiu em alguns grupos de whatsapp. Na vida real teve bola na trave. Teve vitória do Treze. Se fosse a Mega-Sena, quem sabe eu não tiraria a Quina?

 

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Nosso foco era o Amigão. Um Clássico cheio de esperança, sem torcida. Uma decisão. Raposeiros e trezeanos estavam espiritualmente lado a lado, sob energias positivas. Nunca se viu um silêncio tão ensurdecedor dividindo espaço com um distanciamento tão presente. Nunca se viu ausência tão próxima.

Estádio Amigão praticamente vazio. Foto: Daniel Lins

 

 

Quando os silvos do apito ecoaram, o Treze optou por uma postura reativa. O Campinense apostava em rápidas triangulações. O rubro-negro se lançou ao ataque e abusou de desperdiçar jogadas ofensivas. As trocas de passe se mostraram promissoras e, até certo ponto, envolventes, mas sem poder de definição. Enquanto isso, o Galo buscava explorar a velocidade nos contra-ataques e encontrava um setor defensivo desorganizado e desesperado correndo contra a própria meta. O domínio de posse de bola do Campinense não resultava em chances claras de gol. Quem as teve, de fato, foi o Treze, que poderia ter feito um placar mais elástico.

Não entendi, do lado do Campinense, a insistência em cruzamentos ou lançamentos longos quando se é notório que Breno Calixto e Nilson Júnior têm muito mais controle aéreo que Reinaldo Alagoano, até pela vantagem gritante na estatura. Também não entendi a opção por abdicar de duas substituições. Ao fazê-lo, o treinador Nei Júnior me permite duas interpretações: ou estava satisfeito com o desempenho da equipe, seja físico ou tecnicamente, ou admite não ter material humano disponível no banco de reservas. Se quiser levar a taça, o Campinense vai precisar ousar. 

 

Foto: Daniel Lins

 

O resultado final coroou quem foi mais eficaz no que se propôs a fazer. Agora, sim, é hora de decidir. Pato e ganso estarão lado a lado, prontos para serem diferenciados. O título do Treze está encaminhado. O grito de campeão engasgado há nove anos nunca esteve tão próximo, separado por 90 minutos. Quebrando escritas, já que o Campinense venceu oito das dez decisões entre os Maiorais e vence o estadual a cada quatro anos desde 2004. São curiosidades que não entram em campo. O que adentra às quatro linhas é a determinação, a convicção e organização tática. Isso, o Treze teve.

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