Foto: Douglas Araújo / Ascom CRB
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Sebastião
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Foto: Douglas Araújo / Ascom CRB

Campina Grande não terá representante na Copa do Nordeste em 2019. Cidade que foi palco de duas voltas olímpicas do maior torneio regional do mundo nos últimos cinco anos. Soa, guardadas as devidas proporções, como a Itália, tetracampeã mundial, ficar fora da Copa do Mundo. A mudança no regulamento, a fim de prestigiar os clubes melhor ranqueados – ou maiores, como queiram entender – optou por pôr frente a frente oito clubes, dos quais quatro já ficariam pelo caminho: Juazeirense-BA, River-PI, América-RN e Campinense-PB.

Vamos ao jogo, que é o que nos interessa. Pode-se dizer que o confronto de 180 minutos entre Campinense e CRB foi parelho. Times que apresentaram pouco taticamente, que mostraram fragilidades, apatia e que, certamente, gastaram os nervos de seus torcedores sob a  esperança alimentada a todo instante de que seu time poderia apresentar um pouco mais. Os jogos foram tão iguais que até mesmo as falhas se repetiram. Ou o nocaute de João Carlos em Boaventura, no lance que culminou com o gol de Marcinho na segunda partida, não lembrou o absurdo pênalti não marcado no jogo de ida?

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É bem verdade que no primeiro jogo, os paraibanos tiveram perna, qualidade, volume e oportunidade para acumular mais gordura de vantagem para o jogo da volta. Deveriam tê-lo feito, aliás. Mas chegaram a Maceió apenas com o mínimo. Parece com uma história recente, quando a gente conversava sobre a falta de poder de decisão. Muito pouco. O que faltou ao Campinense foi justamente o que teve o CRB com menos de um minuto da segunda etapa. Num bate-rebate, bola pipocando pra lá e pra cá e eis que cai exatamente nos pés de quem tinha um mínimo de lucidez para achar espaço entre os defensores e desferir o indefensável à meta de Jefferson. Neto Baiano foi doação, foi loucura, foi correria. Nada de extraordinário, de excepcional. Mas foi matador quando precisou. E isso bastou.

Ao Campinense, a sensação de que poderia ter sido diferente não pode se sobrepor à necessidade de fazer a lição de casa: aprender com os erros. Para ontem. A menina dos olhos é, e sempre foi, o acesso à Série C. E pra chegar lá, é preciso passar por três duelos de mata-mata. Nos últimos trinta dias, disputou e perdeu dois: Botafogo e, agora, CRB. Se tudo caminhar conforme o esperado, a segunda fase da Série D começa em um mês. As partidas de ida estão previstas para 03 de junho, noite de Dorgival Dantas e Jonas Esticado no palco do Maior São João do Mundo (não posso esconder a ansiedade). Tempo para mudar o retrospecto e ter o jogo a seu favor. Mas, pra isso, precisa decidir.

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