PUBLICIDADE-HORIZONTAL-SEBASTIAO
PUBLICIDADE FABIO GODIN HORIZONTAL

O Campinense nunca foi uma constante nos quatro meses corridos na temporada 2018. Talvez nunca inspirou confiança em sua torcida. Porque embora o bom aproveitamento defensivo – muito pela capacidade de defender o próprio gol que William Goiano e Rafael Jensen possuem -, ofensivamente o rubro-negro é total dependente de espasmos individuais.

Uma bola parada do ótimo Alex Murici, a criatividade de Marcinho, ou até o irregular Thiago Potiguar que pouco apresentou individualmente na temporada, mas que possui alguns lampejos na conta de 2018; principalmente no início do estadual.

PUBLICIDADE

Foi assim com Celso Teixeira, e segue com Ruy Scarpino. Os mais polvorosos torcedores tentam eleger um culpado; natural de quem é movido pela paixão e a ânsia por resultados. Mas será que existe um atleta que precise carregar esse martírio?

Muller Fernandes é a bola da vez. É inegável que o atleta erra muito em suas decisões, e carrega o peso da baixa efetividade frente ao gol. Piora quando comparado ao concorrente – e atualmente entregue ao Departamento Médico – Rodrigo Silva, que entregou eficiência e eficácia nas vezes que participou.

Mas o fato é que, coletivamente falando, o Campinense é pobre. As dificuldades para abrir espaços em defesas mais bem coordenadas e fechadas; circular a bola com velocidade; construir apoios para progredir com a bola e ser agressivo quando precisar, são os maiores problemas de um time que parece usar a bola como uma mera formalidade do jogo em suas ações.

https://vimeo.com/266029585

É inegável que falta um norte ofensivo – os excessivos cruzamentos comprovam isso. O que fazer e quando executar (?!). Repertório para desequilibrar os adversários. Nos últimos jogos, a equipe compensa com encaixes defensivos bem ajustados, que negam espaço ao oponente. Por isso defende “bem”.

Porém é dependente do acaso. Do gol achado que muda panoramas e ritmos de jogos, como no primeiro jogo decisivo contra o Botafogo-PB. Marcar cedo concedeu ao Campinense a imposição e vantagem mental para controlar o oponente. Mas quando precisou se impor novamente perante ao adversário mais forte e organizado, sentiu dificuldades e veio à perda do título.

Após o estadual, Scarpino e sua comissão técnica tiveram 10 dias de trabalho. O que foi feito? Poderia entregar mais diante de um CRB fragilizado, assim como perante ao Fluminense-BA na primeira rodada da Série D. Sustentou-se no fio de cabelo da individualidade para vencer.

De 1×0 em 1×0 a história vai se desenhando. Além do lapso individual, em algum momento precisará ir além do que apenas inverter o lado dos extremas; ou esperar um escanteio para William Goiano marcar, ou Marcinho deixar um companheiro na cara do gol.

Uma hora o desempenho tem que melhorar… e para isso é preciso criar repertório. Treinar para executar. Treino é jogo e jogo é treino.

PUBLICIDADE