Igual a mim, quase três bilhões de raposeiros acompanharam o jogo desta segunda-feira longe da amada Campina Grande. Da Fumaça da geral, do pula-pula da Sombra, do frio desimportante das cadeiras.
Igual a mim, todos os olhos do mundo, inclusive os que acompanham a Copa pregaram seus olhos em telas de todo tamanho e viram o que todos viram.
Um mundo parado de butuca in riba do Amigão.
Todos os mundos embaixo do bandeirão.
Todos os corações sendo maltratados pelo tempo e pelos caprichos de quem não conseguia colocar a bola topper dentro do gol amarelo.
Foi a primeira vez que Ruy Scarpino reverteu um placar. Agora ele fez ao contrario do CRB, Botafogo e Itabaiana.
Quis Deus (que é raposeiro sem dúvida) que a única bola topada em alguém do Campinense fosse direto para o fundo dos barbantes…
O Campinense jogou feito uma Bélgica e errou feito um Brasil. Suou feito uma Argentina e sentiu calafrios como um Portugal. Nem foi cirúrgico e muito menos pontual. Foi bacana.
A primeira vitória de ontem, aos 43,44 do segundo tempo foi como uma comporta se abrindo com toda força, agua de felicidades jorrando e empurrando tudo pela frente, descarregando gozações que não veio, figas que se desmereceram e sobretudo, não ficou atrás do time de São José.
Se vocês não perceberam (deviam ou estar comemorando ou frustrados), na hora do gol houve um abalo sísmico em todas as partes do mundo, instantâneo, uniforme. A Rússia deixou de falar do umbigo deles, Trump deixou a trufa em desalinho, Temer não caiu e todos viram o guri Denilson matar uma seleção de veteranos com um simples toque de calcanhar.
O Campinense foi e é superior ao Brasiliense desde o jogo de Ceilândia. Não merecia o sufoco que nos deu, mas no fim, morrendo a cada minuto ou segundo, renascemos ao 44.
A segunda vitória mostrou uma equipe onde a cobrança de pênaltis foi perfeita. Aliás, esse ano se perdemos um pênalti em toda temporada foi muito. Mérito.
Para os jogos contra Marcelo Vilar, é rezar para que não se vá outra vez as penalidades máximas se for, que seja do lado de nossa torcida. É torcer para Rodrigo voltar e que em terras do sul, o paredão Gledson justifique sua fama.
Assim, outros morrerão para nós.
Efigênio Moura ( Melbourne -Florida)