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Sebastião
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Tem gente que para tentar minimizar os efeitos danosos da palavra, confessa que está com inveja, mas que ela é branca. Deve ser aquela vontade de ter ou ser igual a outrem, sem que haja nenhum prejuízo para a pessoa que involuntariamente provocou no invejoso a cobiça. No esporte, também tem muito disso. Independente da cor do sentimento, a vontade de vencer e ser o melhor, obriga a superar os adversários, jogando limpo ou sujo.

O bairrismo de Campina Grande é conhecido internacionalmente. No quesito futebol,  tudo se agrava em progressão geométrica. Quando algum torcedor do Botafogo de João Pessoa é visto a andar tranquilamente pelas ruas ou shoppings de Campina, sem ser em dia de jogo, provoca olhares meio desconfiados e curiosos nos trezeanos e raposeiros. Aquele moído que Galvão Bueno inventou de que o Botafogo é a Paraíba na Copa do Nordeste parece que está meio fora de cogitação. Há exceções,  claro. Elas sempre existem,  felizmente.

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Ano passado muita gente “secou” o Belo e não queria vê-lo jamais e de forma alguma na Série B do Campeonato Brasileiro. Soltaram até fogos quando nos pênaltis o time de Ribeirão Preto levou a melhor. Tem até quem comemore os dezoito anos dos 10×0 que o time paraibano tomou do São Paulo no Morumbi e esquece de 1980, quando o Flamengo de Zico foi surpreendido no Maracanã pelo Botinha. A rivalidade é grande. A turma da oposição insiste em dizer que a suposta máfia do apito ainda beneficia o time da capital, mesmo com os desdobramentos da Operação Cartola. Cada um acredita no que quer. É um direito que lhe assiste.

O que vejo em 2019, é um Botafogo maduro e pronto para grandes conquistas. Calejado por decepções e insucessos recentes – sem contar os títulos do estadual – , o elenco é forte e não faz força para jogar bonito. Por isso, vai bem na Copa do Nordeste,  Copa do Brasil e no  Campeonato Paraibano. Nadando de braçada. E só não está invicto no ano porque subestimou a Perilima. A derrota não fez falta por um lado, mas aquele status de não ter perdido para ninguém na temporada, poderia representar uma motivação a mais aos garotos de Piza.

No caso do Treze e Campinense, eles não precisam invejar ninguém. Mas não custa nada olhar o exemplo de quem está se dando bem na vida. Princípios básicos de administração e gestão, valorizar, fomentar as categorias de  base, dar condições para que um trabalho de longo prazo seja estabelecido,  é o que deveria ser feito por Galo e Raposa. Mas isso só se faz com habilidade e dinheiro. Se adquire recursos financeiros com resultados. Nossa realidade, enquanto estado pobre, dificulta ainda mais o processo.

Seja branca ou preta,  a inveja sempre existirá. Pode até mesmo ser alvinegra. Ao que parece, 2019 está sendo mais um ano para muitos correrem atrás dos meninos da Maravilha do Contorno. Isso está se tornando tão natural quanto ver um tricolor, com a camisa  da estrela vermelha, discutindo futebol no calçadão da Cardoso Vieira. Sempre espere o inesperado. Siga trabalhando sem olhar para o centro de treinamento do vizinho.

 

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