Primeiro que ninguém tem certeza se o nome é fórmula, formato ou forma de disputa. Já começa errado daí. Depois , o que bate mesmo é aquela saudade do tempo em que não havia preocupação em complicar o simples. Dois turnos, vencedores distintos em cada um deles , fariam a final e quem faturasse os dois seria campeão direto.
Se existissem datas disponíveis, teríamos semifinais e finais em cada turno. Jogos decisivos , estádios cheios , todo mundo feliz. Também existe a possibilidade dos pontos corridos , que traz consigo aquele senso de justiça , dando a impressão de que o melhor foi o ganhador e merecido. Existia antigamente um tal de campeão moral. Aquele que não havia erguido o troféu , mas tinha apresentado um futebol mais agradável aos olhos , como o Brasil na Copa do Mundo de 1982.
Mirando como exemplo os estaduais da Paraiba e do Rio de Janeiro, percebo o quanto existem pessoas criativas no futebol. No Paraibano, não há aquela história de todos se enfrentam. Treze X Botafogo mesmo, não jogarão. Somente na Série C. Confrontos dentro do próprio grupo em turno e returno e para acabar de lascar , até as semifinais são entre times da mesma chave.
Se pelo menos o segundo turno fosse programado com partidas entre os times dos dois grupos, todos jogariam entre si. Semifinal com primeiro de A versus segundo de B e vice-versa, com o time de melhor campanha tendo vantagem de dois resultados iguais , exceto duas derrotas, claro. Seria mais sensato.
No Carioca, o Vasco pode ganhar a Taça Guanabara, a Taça Rio e não ser campeão. Ali é “coi de louco”. Esvazia estádios em clássicos , provoca uma enxurrada de jogos com times mistos e isso vai assassinando de vez os estaduais ,a essência do nosso futebol, a mais autêntica manifestação espontânea do nosso povo , que agora sequer tem acesso às arenas.
Vamos voltar a fazer o fácil. O velho feijão com arroz de leite. Toca e sai para receber. E isso serve também para o futebol brasileiro de uma forma geral. Precisamos valorizar o “dibre” e deixar que os jogadores resolvam dentro de campo. O Botafogo, nessa fase final do nosso estadual se assemelha ao Flamengo. Maior poder aquisitivo, estrelas e favoritismo. O Campinense seria o Vasco, carregando sempre o peso de um possível vice. O Atlético poderia lembrar o Fluminense, enquanto que o Nacional de Patos representa o Bangu. Agora é só esperar para var. Digo, esperar para ver.