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Sebastião
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Ele nasceu no dia vinte e nove de outubro de 1955 na multicultural cidade de Salvador – Bahia, onde a religião, a música, a literatura e principalmente o futebol, transpiram e estão presentes no dia-a-dia de seus habitantes. Os seus pais resolveram batizá-lo com o nome de Adaílton Santos da Conceição, mas foi com o apelido de “Dáu” que ele ficou conhecido e rodou o Brasil.

Desde criança aquele menino moleque demonstrava as suas habilidades e domínio com a bola de futebol que o tempo e os treinamentos iriam aperfeiçoar. E foi no tradicional Esporte Clube Vitória que ele ingressou na antiga categoria dente de leite, passou para o infantil e rapidamente foi promovido ao juvenil. Com apenas catorze anos de idade, Dáu foi campeão brasileiro pelo rubro-negro baiano, em uma competição realizada no estádio Maracanã entre Bahia, Santos, Flamengo e Vitória.

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E para a nossa alegria, na metade da década de setenta, precisamente em 1976, o Auto Esporte Clube resolveu montar uma forte e competitiva equipe para disputar o campeonato paraibano de profissionais. Vários jogadores da terra de Jorge Amado vieram reforçar o clube do povo, como Félix, Ênio, Anselmo, Neínha, Espinheira, Cabinho, Catú e o jovem Dáu.

Mesmo sendo muito novo e no meio desses jogadores experientes, Dáu mostrou para o torcedor paraibano que tinha vindo para ser titular, se destacar e construir uma carreira em clubes maiores. Quem viu esse meio campista jogar sabe do que eu estou falando; a bola era tratada como se fosse um membro da família, tamanha era a cumplicidade, sincronização e harmonia. Ao final daquele ano, ele foi considerado a grande revelação da competição e passou a ser elogiado por todos, inclusive pela torcida adversária.

Mas, naquela época o Botafogo Futebol Clube caminhava para ser tetra-campeão, 75, 76, 77 e 78, e não media esforços para adquirir os craques da região. Dáu e Anselmo foram contratados e o nosso homenageado foi peça fundamental justamente naquele timão de 1977, que tinha em seu plantel excelentes jogadores.

Dau me confidenciou que o nível técnico era tão bom que chegou a jogar com pequenas dores musculares, sem avisar ao técnico nem ao médico do clube, pois outro baiano bom de bola tinha chegado para o elenco, de nome Magno, e que apenas esperava uma oportunidade para entrar no time e não sair mais. E foi o que aconteceu logo em seguida com a venda de Dáu para o sul do país.

O Botafogo Futebol Clube tinha acabado de realizar uma excelente competição nacional, chamando a atenção de vários clubes de outros estados, o que resultou na transferência de Fantick, lateral esquerdo, Anselmo, centroavante e Dáu, meio campista para o tradicional Comercial Futebol Clube da cidade de Ribeirão Preto, então forte equipe do interior paulista.

O futebol do bom baiano não parava de crescer, sendo ele convocado para integrar a seleção do interior paulista, e juntamente com o jogador Dr. Sócrates – que tinha acabado de se despedir do Botafogo Futebol Clube, equipe também da cidade de Ribeirão Preto – receber a cobiçada chuteira de ouro, premiação destinada aos atletas destaques do interior de São Paulo.

Depois de sua vitoriosa passagem com a camisa do Comercial Futebol Clube, Dáu foi para a Associação Atlética Francana, de Franca, depois para o Rio Branco Esporte Clube, de Americana, e o Paulista Futebol Clube, da cidade de Jundiai, equipes tradicionais do interior paulista. O nosso craque também jogou no Atlético Clube Goianiense, do estado de Goiás.

Retornando ao nosso estado, Dáu vestiu novamente a camisa do Auto Esporte Clube, do Alecrim de Natal, do Esporte Clube Cruzeiro, da cidade de Arapiraca-AL. O nosso meio-campista também teve uma passagem pelo Guarabira, Esporte de Patos e finalmente encerrou a sua carreira pendurando as suas famosas chuteiras no Santa Cruz Recreativo Esporte Clube, da cidade de Santa Rita.

Hoje, o nosso homenageado que reside e trabalha na Prefeitura Municipal de Santa Rita – PB, administra  o estádio de futebol local. Por dois anos consecutivos, Dáu participou e foi homenageado no Encontro Paraibano de Desportistas, que anualmente é realizado em nossa capital no mês de maio.

Para nós torcedores, desportistas e cronistas paraibanos, ficou a certeza de que Adaílton Santos da Conceição, o popular “Dáu”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

  • Interaja com a coluna através do email falserpa@oi.com.br e o whatsApp  999988 1435.
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