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Sebastião
PROJETO-GILNEY-2
Quando chega essa época do ano, o fenômeno da abstinência se repete. Acabaram todas as séries do Brasileirão e o jeito é ocupar o tempo com as da Netflix. Para quem gosta, domingo à tarde, sem futebol, é um troço chato de se encarar. Não há substitutos à altura. Eu, particularmente, não vejo graça naquelas partidas com amigos de fulano contra amigos de beltrano. A não ser por causa do caráter social, quando o jogo é beneficente, tudo bem, mas não dá para comparar com a velha disputa valendo três pontos. O calendário apertado do futebol brasileiro faz com que o final se encontre com o início da temporada. Quem entrou de férias antes, volta aos trabalhos mais cedo, para se concentrar na estreia do estadual. É quando surgem os amistosos preparatórios.
Não se pode ganhar cancha, entrosamento, ritmo de jogo, apenas com treinos. É preciso testar a garotada e os veteranos, que vão tentar dar o melhor de si para agradar ao professor que estará atento a cada lance. É o momento adequado para se deixar uma boa impressão. Aprimorar a parte física e já ensaiar possíveis, prováveis e futuras parcerias dentro de campo. Identificar as afinidades, ver o companheiro e pelo olhar saber o que se quer. Pensando assim, Treze e Campinense fizeram suas primeiras aparições, com seus novos contratados,  neste final de semana. O Galo venceu com facilidade. Já a Raposa, perdeu por um a zero em Lagoa Seca, para o glorioso Náutico do Retiro.
Aquela falácia de que o que vale é a movimentação e o placar pouco importa, não me convence. O argumento contradiz a afirmação. Uma boa disposição no gramado, será convertida em finalizações. Lógico que tem a questão das dificuldades envolvidas no processo. Geralmente, do outro lado tem jogadores amadores e peladeiros que dão a vida por um momento de fama. Atuam como se fosse final de Copa do Mundo. Existe também, nos profissionais, o medo de se machucar e a gana nunca será igual a de um compromisso oficial. Porém, quem joga, normalmente não gosta de perder. E ainda mais contra adversários inexpressivos. Acredito que o resultado é irrelevante quando se vence, mas quando a derrota surge, é necessário perceber que existe um forte sinal de alerta sendo ligado, mostrando uma possível fragilidade, que pode ser o prenúncio de que o elenco não é tão competitivo como se supunha.
Não sei se foi o caso do Rubro-Negro, mas a verdade é que o autor do gol, em Lagoa Seca, Bruno Renan, poderá contar para os filhos e netos a sua façanha. Só o tempo poderá dizer se o jogo realizado no sofrido tapete do estádio Titão serviu para alguma coisa. Os atletas mais conhecidos da torcida para 2020 são o bom Rafael Ibiapino, o sempre contestado e amado goleiro Pantera, além de Fábio Júnior, que estava parado há sete anos. Provavelmente, como sempre acontece, esse time que vemos agora, tanto no Treze quanto no Campinense, não será o mesmo do campeonato brasileiro. Geralmente á assim.
Para fecharmos o ano e iniciarmos a temporada que se avizinha, teremos mais um clássico no Amigão. Ano passado, foi um a zero para o Galo. Contudo, no Paraibano, o time da Bela Vista foi vice-campeão e o rival quase foi rebaixado. Mais um motivo para não dar tanto crédito a jogo festivo. O Alvinegro teve que se reformular no segundo semestre para permanecer na Série C. Sendo assim, continuo sem ser muito fã de amistoso, mas confesso que ele é um mal necessário. Aliás, por falar nisso, você lembra de algum jogo treino em especial que marcou a sua vida? Aquele golaço numa partida que não valia nada? Sinceramente, não sei, mas como advertia Don Corleone: Mantenha os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda. Adversários sim, inimigos jamais! Pena que o jogo será numa terça à noite, mas mesmo assim está valendo.
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