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Acabem com o estaduais. Perdeu o essência, a importância, o brilho e a magia. Foi-se embora junto com o público nos estádios. A manifestação autêntica dos populares assalariados na geral, em plena hora dos miseráveis, remete à lembrança do filme – um clássico do cinema. A despopularização do futebol e sua posterior elitização, a violência, os maus tratos, o desrespeito, a corrupção e improbidade, o desconforto, os riscos, a poltrona de casa, a Netflix, as notificações de novas mensagens, as inúmeras ou escassas opções de lazer, somados a outros fatores, têm tornado as arquibancadas mais e mais vazias nos campeonatos como o Paraibano.
Podem fechar o capítulo do livro. Terminem de vez o serviço. Campinense e Treze praticamente não conseguem levar mais nem mil espectadores aos seus jogos. No clássico, o Ministério Público sugere, obrigando, que cada torcida fique em uma arquibancada diferente, os dirigentes majoram os preços dos ingressos e o torcedor se afasta. Com exceção dos que usam os jogos para confrontos insanos na parte externa do estádio. Pedras arremessadas de fora para dentro, polícia com arma em punho. O que diabos eu vou fazer numa arena dessas? Dar o sangue para o meu time? Reflete o cidadão e a cidadã após o almoço do domingo.
Chegou a hora do fim. Os tempos são outros. A sociedade mudou, para melhor e para pior. Aposentem as máquinas de escrever, as câmeras fotográficas, os orelhões e os seus cartões da Telemar. Não existe mais Boulevard e nem mesmo o Iguatemi resistiu. Fechem as portas e não se arrisquem tanto saindo de casa. É preciso se adaptar, se camuflar e apertar o f5. Mas o que agrava mais o absenteísmo dos torcedores nem sempre é o medo. É opção mesmo. O espetáculo ficou também mais pobre. Por isso temos a sensação de que não devemos pagar mais do que 20 na sombra e 10 na geral. Talvez valha mais do que isso, mas a culpa não é do raposeiro e nem do trezeano se as contas não fecham.
Tenham coragem de realizar a eutanásia nos campeonatos estaduais. Não os deixem viver em estádios vegetativos. Equipes não podem ser laranjas. As que têm condições de sobreviver diante dos perigos e adversidades, precisam se agrupar apenas em competições internacionais, nacionais e regionais. Usemos o ranking e nos adaptemos à realidade. No Sul e Sudeste, eles usam os estaduais como pré-temporada. Aqui, vale mais pelas cotas da Copa do Brasil e do Nordeste. Menos jogos  e maior proximidade com a Confederação Brasileira de Futebol. Talvez assim, finalmente poderemos dar descarga em velhos hábitos de vestiário, de quem age como se estivéssemos na década de 1970, esquecendo de que aqueles sim, eram tempos áureos do esporte, em que a regra não era exceção. Podem dar fim, ao que já acabou efetivamente. Ergam o braço. Tocar o hino da Paraíba não resolve nada.
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