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Sebastião
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Ele nasceu na pequenina cidade de São José da Laje, estado de Alagoas, precisamente no dia dois de outubro do ano de mil novecentos e cinquenta e seis. Os seus genitores o batizaram com o nome de Antônio Mendes da Silva, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido como o popular “lateral Mendes”.
A sua vitoriosa carreira teve início nas categorias de base do CRB – Clube de Regatas Brasil, em 1973, depois foi para o Centro Sportivo Alagoano – CSA, sempre jogando de lateral, direito ou esquerdo. Ele começou a sua carreira de jogador profissional vestindo a tradicional camisa azul e branco do CSA.

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Mendes foi um lateral direito que agradou aos torcedores e a crônica especializada em virtude de sua forma regular e dinâmica de jogar, com firmeza na hora de defender e habilidade na hora de apoiar o ataque. A sua ótima condição física ocupava e preenchia todo o espaço da lateral do campo. Ele não deixava espaços para os ponteiros desenvolverem as suas habilidades. Naquela faixa de gramado quem ditava as regras era ele. Isso ocorria normalmente sem precisar apelar para jogadas violentas ou desleais.

Quando saiu do CSA, Mendes jogou em várias equipes brasileiras, podemos aqui citar o Clube Náutico Capibaribe, do Recife, o Sampaio Corrêa Futebol Clube, de São Luís, o Goiás Esporte Clube, de Goiânia, o Clube do Remo, de Belém, a Associação Desportiva Confiança, de Aracajú, o Nacional Atlético Clube, de Patos e o Botafogo Futebol Clube de João Pessoa.

Em João Pessoa, Mendes fez parte de uma época em que o estádio Almeidão tinha poucos anos de inaugurado, os dias de domingo eram de carreatas na praia, com bandeiras, fogos e arquibancadas cheias. Os torcedores ligados na Rádio Tabajara ouvindo Eudes Moacir Toscano, Ivan Bezerra e Geraldo Cavalcante. Era uma imensa festa.

Na maravilha do contorno, Mendes se juntou a um elenco que tinha Salvino, João Carlos, Celso, Fantick, Evandro, Otávio Souto, Baltazar, Benício, Kalú, Bié, Chico Explosão, Erasmo, Nelson e outras feras que empolgavam o torcedor paraibano e conquistaram vários títulos.

Em 1977 e 1978 a torcida paraibana, em particular a botafoguense, orgulhava-se de ler a revista placar e ver relacionado o nome de Mendes brigando pela famosa Bola de Prata com atletas nacionalmente consagrados como Nelinho, pelo Cruzeiro, Zé Maria, pelo Corinthians e Toninho, pelo Fluminense, todos com passagem pela seleção brasileira.

Em 1987, após sofrer uma forte contusão no joelho esquerdo, quando jogava pela equipe do Goiás Esporte Clube, Mendes resolveu pendurar as suas famosas chuteiras e retornar para residir na cidade de Maceió, onde passou a ser treinador das categorias de base do Centro Sportivo Alagoano – CSA.

Recentemente ele esteve em João Pessoa com uma equipe de master, do CSA, enfrentando a forte equipe do sub 100 paraibano, jogo realizado no Almeidão e que terminou empatado em 1×1.

Descontraído e alegre por rever os amigos da Paraíba, Mendes nos contou da saudade que tem daquela época em que futebol se jogava para frente, sempre pensando na vitória, dos títulos conquistados de campeão paraibano, goiano e alagoano, e com orgulho nos dizendo que o maior incentivador de sua carreira foi o seu genitor Antônio Mendes da Silva.

Para nós torcedores, desportistas e cronistas, ficou a certeza de que o cidadão Antônio Mendes da Silva, o popular “Mendes”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

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